
Observe que este artigo não oferece consultoria de investimento. O autor não possui posições nas ações mencionadas.
Mais cedo hoje, o ex-presidente Donald Trump compartilhou suas opiniões sobre o acordo de participação acionária do governo dos EUA com a Intel, chamando-o de “um ótimo negócio”.Ele indicou que acordos semelhantes poderiam ser explorados com outras empresas de semicondutores. Hoje, o CEO da Intel, Lip-Bu Tan, juntamente com Trump, deve detalhar os detalhes deste acordo de participação acionária durante um evento dedicado na Casa Branca.
Como amplamente divulgado, o governo Trump pretende adquirir uma participação acionária de 10% na Intel. Essa medida envolve a conversão de US$ 7, 9 bilhões em subsídios destinados à Intel, alocados sob a Lei CHIPS, em capital próprio. Essa manobra financeira visa incentivar a realocação da fabricação de chips de volta para os Estados Unidos. Além disso, o governo planeja utilizar o subsídio de US$ 3 bilhões que a Intel recebeu por meio do programa Secure Enclave do Pentágono.
O Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, mencionou recentemente que o governo poderia buscar participações acionárias em empresas menores de semicondutores, excluindo grandes players como TSMC e Micron. Isso é particularmente relevante após a relutância relatada pela TSMC em converter sua recente concessão de US$ 6, 6 bilhões sob a Lei CHIPS em ações, indicando possíveis tensões no setor.
Detalhes sobre o acordo do governo Trump com a Intel
*TRUMP: A INTEL DISSE SIM A UMA PARTICIPAÇÃO DE 10%*TRUMP: ACHO QUE É UM ÓTIMO NEGÓCIO*TRUMP: FAREI MAIS NEGÓCIOS COMO ESSE
— *Walter Bloomberg (@DeItaone) 22 de agosto de 2025
De acordo com reportagens do Wall Street Journal, o governo dos EUA deve obter uma participação de 9, 9% na Intel, mas isso não incluirá um assento no conselho ou qualquer supervisão significativa de governança.
O Bank of America (BofA) destacou recentemente que o principal benefício deste acordo para a Intel é o aprimoramento de sua “fabricação baseada nos EUA”.Isso é particularmente crítico, pois tanto os clientes fabless novos quanto os estabelecidos provavelmente aumentarão a concorrência para reforçar suas iniciativas “fabricadas nos EUA”.
Notavelmente, o SoftBank também reconheceu esse potencial, comprometendo-se a investir US$ 2 bilhões na Intel para explorar o crescente campo de “inovação de semicondutores nos Estados Unidos”.
No entanto, embora o Bank of America reconheça as oportunidades que este acordo representa para a Intel, ele alerta para várias desvantagens significativas. Entre elas, estão uma potencial diluição de 10% dos acionistas existentes, a ausência de benefícios imediatos, o aumento da pressão para concluir projetos de alta prioridade, como a fábrica em Ohio, que está atrasada, e a provável intensificação do escrutínio por parte dos clientes chineses, que representaram aproximadamente 29% das vendas totais da Intel no ano fiscal de 2024.
Continuaremos atualizando este artigo com informações relevantes assim que estiverem disponíveis.
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