
Este artigo não constitui aconselhamento de investimento. O autor não possui posições em nenhuma das ações discutidas.
Chips Ascend 910C da Huawei desafiam o domínio da NVIDIA
Afirmações recentes da Huawei, líder no setor de inteligência artificial da China, sugerem que seus chips Ascend 910C podem rivalizar com as GPUs H100 da NVIDIA. A reação do mercado indica que os investidores estão levando essas alegações a sério, já que as ações da NVIDIA sofreram uma breve queda após o anúncio da Huawei.
Insights de analistas sobre os chips da Huawei
O analista da Mizuho, Vijay Rakesh, apresentou insights intrigantes em um relatório inicialmente focado na NVIDIA. Ele mudou de assunto para discutir o potencial impacto da série Ascend da Huawei:
“Na China, estimamos que o Ascend 910a/b/c tenha um potencial de mais de 700 mil unidades em 2025E, mas os rendimentos na fundição principal SMIC permanecem relativamente baixos, estimamos em ~30%.”
Uma análise mais aprofundada da GPU Ascend 910C
O Ascend 910C foi descrito como um momento significativo para a indústria de semicondutores da China. Este chip supostamente integra dois modelos mais antigos, o 910B, para atingir um poder de computação notável de 800 TFLOP/s em FP16, juntamente com uma largura de banda de memória de 3, 2 TB/s. Analistas acreditam que ele está em pé de igualdade com a GPU H100 da NVIDIA, e está pronto para ser lançado no mercado com o aumento da produção na SMIC, a maior fabricante terceirizada de chips da China.
Desafios de fabricação
No entanto, é essencial observar que o Ascend 910C depende do processo de fabricação baseado em DUV de 7 nm da SMIC, que atualmente é prejudicado por baixos rendimentos. Rakesh fez essa observação em seu relatório, destacando problemas de produtividade que poderiam afetar as ambições de mercado da Huawei.
Parcerias estratégicas e perspectivas futuras
Em um desenvolvimento notável, a Huawei está supostamente colaborando com a SiCarrier para inovar máquinas de litografia de próxima geração. O sucesso neste empreendimento pode posicionar a SiCarrier como a “ASML da China”, capacitando o país a navegar melhor pelas restrições cada vez mais rígidas impostas pelos Estados Unidos à sua indústria de semicondutores.
Desafios regulatórios dos EUA
Somando-se a essas complexidades, regulamentações recentes dos EUA agora exigem licenças para GPUs específicas da NVIDIA destinadas ao mercado chinês, bem como para alternativas da AMD. Além disso, diretrizes atualizadas indicam que o uso dos chips da série Ascend 910 da Huawei em todo o mundo violaria os controles de exportação dos EUA, afetando significativamente os planos de expansão internacional da Huawei.
Esses desenvolvimentos destacam um momento crucial no cenário tecnológico, refletindo a natureza cada vez mais competitiva da indústria de semicondutores em meio a tensões geopolíticas.
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