
Quando se trata de fortalecer sua rede contra acesso não autorizado e potenciais ameaças cibernéticas, entender as diferenças entre um firewall com estado e um firewall sem estado é crucial. Neste artigo, vamos nos aprofundar em como cada tipo opera e explicar por que firewalls com estado tendem a ser a escolha superior para a maioria dos usuários que buscam soluções eficazes de segurança de rede.
O que é um firewall sem estado?
Firewalls sem estado foram a forma pioneira de firewalls , surgindo no início dos anos 1980 como ferramentas básicas de filtragem de pacotes. Sua simplicidade é notavelmente evidente em sua operação.
Esses firewalls avaliam pacotes individuais de dados de forma independente conforme eles chegam à borda da rede. O termo “stateless” é indicativo de seu mecanismo: eles não mantêm informações sobre conexões de rede em andamento. Cada pacote é avaliado com base somente em características predefinidas, como endereços IP de origem e destino, portas e o protocolo em uso.

O firewall inspeciona cada pacote em relação a um conjunto específico de regras, que determinam se deve permitir ou bloquear. Por exemplo, uma regra pode permitir tráfego na porta 80 (HTTP), mas negar tráfego na porta 23 (Telnet), comumente reconhecida como insegura.
Embora firewalls sem estado sejam eficientes e simples de configurar, sua eficácia diminuiu conforme o uso da internet e as demandas de segurança se tornaram mais complexas. Eles agora são utilizados principalmente em cenários simples, como proteger padrões de tráfego previsíveis em configurações de rede simples.
O que é um firewall com estado?
Em contraste, firewalls stateful, introduzidos em meados da década de 1990, consideram o contexto geral das conexões de rede. Eles funcionam de forma semelhante a um guarda de segurança vigilante que lembra quem entra e sai de um prédio.
Essa consciência contextual é vital, especialmente porque os invasores cibernéticos exploram cada vez mais o tráfego legítimo. Uma ilustração principal são os ataques de Negação de Serviço Distribuída (DDoS), que inundam os sistemas com inúmeros pacotes legítimos, levando à sobrecarga da rede. Um firewall com estado detecta e mitiga efetivamente esses ataques, mantendo uma tabela de estado ou tabela de conexão que rastreia as conexões de rede em andamento.

Quando uma nova conexão é iniciada, o firewall stateful registra seus detalhes na tabela de estados. Conforme novos pacotes chegam, o firewall faz referência cruzada desses pacotes com a tabela de estados para determinar se eles pertencem a uma sessão autorizada. Pacotes que correspondem a conexões existentes passam, enquanto outros são bloqueados. Um firewall stateless falharia em fornecer essa camada de escrutínio, potencialmente permitindo a passagem de pacotes maliciosos.
A tecnologia de inspeção de estado agora é um recurso padrão na maioria das principais soluções de firewall, incluindo o Firewall do Windows, o Firewall do Bitdefender e o Firewall do Comodo, entre outros.
Firewalls com estado podem proteger contra ameaças modernas?
Embora firewalls com estado ofereçam proteção superior em comparação com suas contrapartes sem estado, eles têm limitações; eles normalmente inspecionam apenas cabeçalhos de pacotes e podem perder ataques que utilizam conteúdo de payload malicioso. Dadas as crescentes incidências de tais ataques no cenário atual de segurança cibernética, esta é uma desvantagem significativa.

Esta situação é onde os firewalls de próxima geração (NGFWs) se tornam essenciais. A tecnologia NGFW pode examinar o pacote inteiro, incluindo sua carga útil — semelhante a como o pessoal de segurança em aeroportos utiliza raios X para descobrir ameaças ocultas.
Por fim, mesmo os firewalls stateful ou de próxima geração mais sofisticados devem fazer parte de uma estratégia de segurança multicamadas. Essa estratégia também deve abranger software antimalware atualizado, patches de sistema de rotina, práticas de senhas fortes, autenticação multifator, hábitos de navegação seguros e backups regulares de dados para fortalecer as defesas contra o cenário de ameaças em evolução.
Imagem de capa gerada por Grok.
Perguntas frequentes
1. Quais são as principais diferenças entre firewalls com e sem estado?
A principal diferença está em como cada firewall gerencia o tráfego de rede. Firewalls sem estado examinam cada pacote de forma independente, confiando somente em regras predefinidas para filtragem. Em contraste, firewalls com estado mantêm uma tabela de estado que rastreia conexões ativas, permitindo uma tomada de decisão mais sutil que considera o contexto do tráfego de rede.
2. Um firewall com estado pode lidar com ameaças cibernéticas modernas de forma mais eficaz?
Sim, firewalls stateful geralmente são mais bem equipados para gerenciar ameaças cibernéticas contemporâneas. Eles monitoram conexões ativas, dificultando que invasores explorem tráfego legítimo, particularmente em casos como ataques DDoS. No entanto, eles ainda têm limitações e devem ser complementados com medidas de segurança adicionais, como firewalls de última geração para proteção abrangente.
3. Quando devo usar um firewall sem estado?
Firewalls sem estado podem ser apropriados em cenários onde os padrões de tráfego de rede são simples e previsíveis, como proteger segmentos específicos de uma rede ou para filtragem preliminar em conjunto com outras medidas de segurança. Eles oferecem proteção básica e são fáceis de configurar, tornando-os adequados para certas aplicações.
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