TSMC considera devolver subsídios da Lei US CHIPS, sugerindo que o modelo de “subsídio por capital” do presidente Trump não tem valor

TSMC considera devolver subsídios da Lei US CHIPS, sugerindo que o modelo de “subsídio por capital” do presidente Trump não tem valor

A TSMC, importante fabricante taiwanesa de semicondutores, está supostamente considerando a devolução de suas subvenções da Lei CHIPS ao governo dos EUA, em meio a discussões emergentes sobre participações acionárias na empresa.

Possível reembolso de US$ 6, 6 bilhões em subsídios da Lei CHIPS pela TSMC

O contexto dessa situação reside na consideração do governo Trump de adquirir participações acionárias de empresas beneficiárias da Lei CHIPS, que inclui empresas líderes como TSMC, Intel, Micron e Samsung. O governo percebe a estrutura de incentivos da era Biden como um mecanismo para distribuir “dinheiro grátis” e agora busca retorno dessas empresas. De acordo com uma reportagem do Wall Street Journal, os executivos da TSMC estão avaliando a opção de devolver aproximadamente US$ 6, 6 bilhões em subsídios da Lei CHIPS para contornar o modelo de capital proposto.

A preocupação com a possível aquisição pelo governo dos EUA tem sido discutida abertamente entre a liderança da TSMC, principalmente devido ao histórico da empresa de operar nos EUA com recursos internos. A mídia taiwanesa chegou a caracterizar essa ameaça como o primeiro passo para a “nacionalização” da TSMC, ressaltando a pressão significativa sobre a gigante dos semicondutores. Para mitigar esse cenário potencial, a TSMC está agora analisando o retorno dos subsídios substanciais alocados para sua fábrica no Arizona.

Fábrica de semicondutores Rapidus no Japão visa produção em massa de chips de 2 nm até 2027 em meio à concorrência da TSMC e da Samsung
Créditos da imagem: TSMC

A reportagem do Wall Street Journal observou ainda que as autoridades americanas não estão inclinadas a buscar participações acionárias em empresas que investem ativamente no mercado doméstico. Dado o compromisso da TSMC de investir “centenas de bilhões” na indústria manufatureira americana, as chances de a empresa ceder participação acionária parecem mínimas neste momento. Essa abordagem de “subsídio por capital” parece mais aplicável a empresas como a Intel, que enfrentam desafios e podem precisar de apoio governamental para fortalecer sua posição no mercado ou negociar de forma eficaz com outras empresas de tecnologia.

O futuro da relação entre a TSMC e o governo Trump ainda é incerto, especialmente à luz de suas interações cada vez mais cooperativas nos últimos meses. Ambas as partes provavelmente favorecerão acordos que não comprometam sua crescente parceria.

Fonte e Imagens

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *