Trump se autodenomina “árbitro” em meio às tensões entre NVIDIA e China, após Pequim interromper o desenvolvimento de chips da Blackwell.

Trump se autodenomina “árbitro” em meio às tensões entre NVIDIA e China, após Pequim interromper o desenvolvimento de chips da Blackwell.

As ambições da NVIDIA no mercado chinês enfrentam barreiras significativas, principalmente devido à hesitação do governo em adotar tecnologias americanas de inteligência artificial. Em vez disso, há uma clara preferência pela utilização de alternativas nacionais, o que complica os esforços da NVIDIA para se estabelecer na região.

O chip Blackwell da NVIDIA enfrenta problemas de desempenho e relações estagnadas com a China.

O conflito em curso entre a NVIDIA e a China parece estar longe de uma resolução. Apesar do otimismo inicial em torno do chip Blackwell da empresa, relatos indicam que o impasse atual é mais influenciado pela política interna de Pequim do que por pressões políticas externas, como as da administração Trump. De acordo com a correspondente da CNBC, Kristina Partsinevelos, o presidente Trump indicou que as discussões sobre o futuro da NVIDIA devem ser feitas exclusivamente entre as duas partes, com o governo dos EUA atuando meramente como mediador. Isso sugere que a China está priorizando cada vez mais empresas nacionais, como a Huawei, em detrimento dos produtos da NVIDIA.

Nos últimos meses, a NVIDIA tem se visto cada vez mais marginalizada na China, principalmente após uma investigação regulatória sobre sua série de chips de IA H20. Atualmente, a presença da empresa no mercado chinês diminuiu drasticamente, chegando a quase zero. Esse declínio coincide com relatos que indicam que o desempenho esperado do chip B30A “Blackwell” é apenas metade do de seus equivalentes mais avançados, o que causa preocupação em um cenário tecnológico chinês em rápida evolução.

Homem demonstrando uma placa de vídeo NVIDIA no palco com racks de servidores ao fundo.
O CEO da NVIDIA, Jensen Huang, em um evento de apresentação.

A Huawei, em particular, está fazendo progressos notáveis ​​no fortalecimento de suas capacidades de chips de IA, revelando novos produtos que competem diretamente com a futura linha Rubin da NVIDIA. A estratégia da empresa em direção a um ecossistema tecnológico totalmente integrado, incluindo a memória proprietária de alta largura de banda (HBM), reforça seu compromisso com a autossuficiência. Além disso, outras empresas como Cambricon, Moore Threads e BirenTech estão investindo fortemente em desenvolvimentos de computação de IA, refletindo a ambição da China de criar um ecossistema tecnológico capaz de rivalizar com as inovações americanas. Essa mudança contribui significativamente para os desafios contínuos da NVIDIA na formação de parcerias na China.

A possibilidade da NVIDIA aprimorar seus produtos, como por exemplo, fornecendo uma versão mais potente do chip B30A adaptada para a China, poderia potencialmente levar a avanços nas negociações. No entanto, tais avanços provavelmente enfrentariam obstáculos regulatórios por parte do governo Trump. No cenário atual, a NVIDIA se encontra presa em um complexo contexto de tensões geopolíticas e forte concorrência interna, o que efetivamente impede sua entrada no lucrativo mercado chinês de IA.

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