Num mundo agitado onde o tempo é escasso, as mulheres recorrem frequentemente à redução das horas de sono para arranjar espaço para mais tarefas. Embora possa parecer um compromisso administrável, este padrão pode ter implicações terríveis para a saúde do coração – especialmente para aqueles que progridem na meia-idade.
Isto é sublinhado por um estudo inovador que sugere que as mulheres que dormem menos de cinco horas por noite podem ver um aumento dramático de 75% no risco de doenças cardíacas.
Por que menos de cinco horas de sono é perigoso
Este grande estudo publicado na revista Circulation da American Heart Association foi conduzido por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh. Eles observaram atentamente quase 3.000 mulheres, com idades entre 42 e 52 anos, ao longo de 22 longos anos, monitorando suas rotinas de sono e saúde cardíaca.
Parece que cerca de 55% dessas mulheres dormem cerca de seis horas e 30 minutos por noite. No entanto, surpreendentes 14 por cento mencionaram que normalmente dormiam menos de cinco horas. Este último grupo, como destaca o estudo, descobriu que o risco de acidentes vasculares cerebrais, ataques cardíacos e outras doenças relacionadas com o coração aumentou 72% em comparação com aqueles que dormiam mais de seis horas regularmente.
O cenário é ainda mais alarmante para as mulheres que enfrentavam sintomas de insônia mais de três vezes por semana e dormiam em média menos de cinco horas. Essas mulheres viram suas chances de doenças cardíacas subirem para surpreendentes 75% a mais do que suas contrapartes bem descansadas.
Por que a perda de sono tem um impacto tão forte na saúde do coração?
A equipe de pesquisa sugere vários motivos. Em primeiro lugar, não dormir o suficiente pode causar aumento da pressão arterial. Também pode desencadear a resistência à insulina – o que não é uma boa notícia para o coração, pois pode danificar os vasos sanguíneos.
Outro efeito colateral de dormir pouco é o ganho de peso, o que complica ainda mais a saúde do coração. Quando você está cansado, seu corpo se esforça para sinalizar corretamente quando você está com fome e quando está satisfeito, o que muitas vezes leva a comer mais do que o necessário.
Esta situação não melhora com a idade. Outros estudos demonstraram que tanto os problemas de sono como a saúde cardíaca tendem a piorar à medida que os adultos atingem a meia-idade. Apesar dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças aconselharem toda a gente a procurar pelo menos sete horas de sono por noite, parece que uma boa parte da população dos EUA considera este objectivo difícil de atingir.
Curiosamente, os mais jovens estão agora a perceber que podem precisar de ainda mais do que as sete horas recomendadas para se sentirem completamente descansados.
A falta de sono profundo e de qualidade também pode prejudicar o bem-estar do corpo e da mente. Considerando que as doenças cardíacas continuam a ser a principal causa de morte de mulheres – conforme relatado pelo CDC em 2021, causando cerca de 1 em cada 5 mortes femininas – é um sinal de alerta (sem trocadilhos) para levarmos a sério as nossas rotinas de sono.
Enganar-nos no sono para satisfazer as exigências das nossas vidas ocupadas pode parecer um preço pequeno a pagar neste momento. No entanto, este estudo serve como um lembrete das consequências a longo prazo que estas decisões podem ter na nossa saúde, especialmente para as mulheres que atravessam a meia-idade.
Tomar medidas para garantir uma noite de sono plena e repousante não significa apenas sentir-se melhor pela manhã – trata-se de proteger nossos corações nos próximos anos.
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