O CEO da NVIDIA, Jensen Huang, expressou preocupação com a crescente concorrência da gigante chinesa de tecnologia Huawei, que ele descreve como uma concorrente “formidável” com conquistas notáveis em inteligência artificial (IA).
As capacidades de IA da Huawei estão avançando rapidamente.
Na área de IA, a Huawei se destaca como uma das concorrentes nacionais mais viáveis para a China, tendo feito avanços significativos em tecnologias locais de computação de IA. Desde que a China iniciou sua busca pela liderança em IA, a Huawei tem se concentrado no desenvolvimento de soluções de hardware que representam uma alternativa competitiva às ofertas da NVIDIA. Os recentes anúncios da Huawei levaram Huang a considerar a empresa chinesa com maior seriedade. Na sessão de perguntas e respostas da APAC 2025, ele compartilhou as seguintes observações com a imprensa:
Pergunta : Empresas chinesas como a Huawei estão tentando adquirir a NVIDIA de forma agressiva. Qual a avaliação da NVIDIA sobre isso?
Jensen Huang : A NVIDIA é a empresa líder mundial em tecnologia de infraestrutura de IA. Está muito à frente da concorrência. No entanto, seria insensato subestimar concorrentes como a Huawei. A Huawei domina a tecnologia de comunicação 5G e é capaz de produzir excelentes smartphones. Como já possui a tecnologia, o anúncio do Cloud Matrix pela Huawei não é surpreendente.
É por isso que levamos essa competição muito a sério. Com a China alcançando-nos rapidamente, a NVIDIA está avançando ainda mais rápido.
A Huawei revelou recentemente um ambicioso roteiro para chips de IA que se estende até 2027, apresentando produtos equipados com memória de alta largura de banda (HBM) de fabricação própria e melhorias significativas de desempenho. Entre seus planos, a Huawei também pretende aprimorar suas ofertas de racks com a próxima geração de Atlas SuperPoDs, capazes de atingir níveis de desempenho comparáveis à arquitetura Rubin da NVIDIA. Isso é possível graças à integração de 8.192 chips de IA Ascend 950 em um único cluster, expandindo os limites das capacidades computacionais com uma arquitetura de rack inovadora e “empilhada”.

Huang reconhece que a Huawei está progredindo a um ritmo notável no cenário da IA. Como a NVIDIA foi efetivamente marginalizada do mercado chinês por meses, competir com alternativas nacionais tornou-se cada vez mais desafiador. A empresa encontrou obstáculos no lançamento de seus chips de IA Blackwell na China, enquanto a Huawei acelera rumo à competição direta com a arquitetura Rubin da NVIDIA. Essa situação ilustra que, para Huang, o desafio reside não apenas em retornar ao mercado chinês, mas também em lidar com os rápidos avanços da Huawei.
Atualmente, existe incerteza quanto ao futuro das relações entre a NVIDIA e a China. No entanto, um fato permanece evidente: os avanços da Huawei em tecnologias de computação são implacáveis. Pode chegar o momento em que as soluções de IA da NVIDIA não serão mais a principal escolha para provedores de serviços em nuvem (CSPs) e grandes empresas de IA na China.
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