
O CEO da NVIDIA, Jensen Huang, expressou recentemente uma mudança drástica na perspectiva da empresa em relação às suas operações na China, indicando que a empresa excluirá a região de suas previsões de receita futura. Essa mudança reflete as crescentes preocupações com o impacto dos controles de exportação dos EUA.
Perspectivas reduzidas da NVIDIA na China devido às restrições de exportação dos EUA
O efeito dos controles de exportação dos EUA restringiu severamente as oportunidades de negócios da NVIDIA na China, fazendo com que a empresa enfrentasse dificuldades em relação ao seu desempenho global. Atualmente, a NVIDIA não pode vender seus chips avançados para o mercado chinês, e mesmo suas soluções de nível inferior, como o acelerador de IA H20, estão agora fora dos limites. Diante desse cenário, Huang deixou claro que, sem a suspensão dessas restrições, não será mais possível contar com a China para obter fluxos de receita consistentes.
Eu disse a todos os nossos investidores e acionistas que, daqui para frente, nossas previsões não incluirão o mercado chinês.
– Reuters
Huang não apenas destacou os efeitos prejudiciais dos controles de exportação dos EUA sobre a NVIDIA, como também criticou sua eficácia, sugerindo que as políticas não atingiram os objetivos pretendidos. Anteriormente, ele classificou a regra de Difusão de IA como absurda e expressou desaprovação das restrições impostas à plataforma de IA H20. A NVIDIA historicamente depende do mercado chinês para obter receitas substanciais, e as limitações atuais ameaçam eliminar bilhões em lucros potenciais — um resultado que já provocou baixas contábeis significativas.

A perspectiva da NVIDIA em relação às restrições americanas é direta: ausentes do mercado chinês, as empresas de tecnologia americanas correm o risco de permitir que a China desenvolva alternativas concorrentes que possam ameaçar a liderança americana no cenário global de IA. Se a China conseguir adquirir o poder computacional de que necessita, o ritmo de seu avanço em IA poderá acelerar drasticamente. Por exemplo, o desenvolvimento bem-sucedido de modelos como o DeepSeek R1 — mesmo sem acesso a chips de IA de ponta — ilustra potenciais inovações que podem surgir se as restrições forem suspensas.
Atualmente, a NVIDIA não espera qualquer leniência em relação às políticas regulatórias por parte do atual governo americano. Após o recente acordo de Genebra, o Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, reiterou que chips de ponta não seriam fornecidos à China. Observar como a NVIDIA conduz seu relacionamento com o mercado chinês será crucial para o futuro.
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