Descubra o thriller imperdível estrelado por Alfred Hitchcock e James Stewart antes de Rear Window – 93% no Rotten Tomatoes

Descubra o thriller imperdível estrelado por Alfred Hitchcock e James Stewart antes de Rear Window – 93% no Rotten Tomatoes

Embora Rear Window seja frequentemente reconhecido como um dos trabalhos mais emocionantes de Alfred Hitchcock com James Stewart, foi na verdade Rope que primeiro apresentou ao público a intensa tensão psicológica característica da narrativa de Hitchcock. A parceria entre Hitchcock e Stewart foi notável em seus quatro filmes: Rear Window, Vertigo, The Man Who Knew Too Much e Rope. Apesar da personalidade afável de James Stewart não ser a típica para os temas mais sombrios do cinema de Hitchcock, suas performances deixaram um impacto duradouro.

Rear Window, frequentemente visto como o filme de suspense por excelência, intrincadamente tece um mistério de assassinato que se desenrola dentro dos limites de um único apartamento. O filme é estrelado por Stewart ao lado da radiante Grace Kelly, e sua abordagem inovadora à narrativa recebeu aclamação da crítica e o estabeleceu como um marco da história cinematográfica. No entanto, é essencial lembrar que Hitchcock empregou uma técnica narrativa semelhante em Rope, apenas alguns anos antes.

Corda: Um contraste único com a janela traseira

James Stewart Farley Granger e John Dall em Corda

Tanto Rope quanto Rear Window giram em torno do tema do assassinato, mas divergem significativamente em sua estrutura narrativa. Em Rope, a questão da culpa é resolvida desde o início. Os espectadores são imediatamente informados sobre o assassinato cometido por Brandon Shaw (interpretado por John Dall) e Phillip Morgan (Farley Granger).A motivação deles vem de um desejo distorcido de testar os limites da vida humana, tendo matado seu colega de classe, David Kentley.

Em Rear Window, a tensão decorre do mistério em torno do desaparecimento da esposa de Lars Thorwald, enquanto em Rope, o suspense surge quando os assassinos organizam uma reunião imediatamente após o crime. A ausência da vítima, combinada com as conexões dos convidados com ela e a crescente paranoia em torno do estado mental já desgastado de Brandon, cria uma atmosfera de tensão crescente que mantém o público nervoso, esperando a verdade precária vir à tona.

Técnicas cinematográficas inovadoras: o precedente de Rope

Farley Granger como Phillip Morgan gritando com James Stewart como Rupert Cadell na cena final de Rope, de Alfred Hitchcock

O confinamento narrativo visto em Rear Window é paralelo às restrições impostas em Rope, já que ambas as histórias se desenrolam inteiramente dentro de um apartamento. Este método de contar histórias não é comumente usado, pois manter o interesse do público pode ser desafiador sem cenários variados. No entanto, a intimidade fornecida por tal pano de fundo aumenta o suspense em ambos os filmes. Em Rear Window, a tensão surge quando Jeffries assiste ao drama se desenrolando do outro lado da rua, enquanto Rope constrói suspense por meio dos confrontos crescentes entre os frequentadores da festa.

Toda a história em Rope se desenrola dentro dos limites do apartamento, eliminando a necessidade de cenários externos, o que permite uma exploração ininterrupta da dinâmica dos personagens. Conforme os convidados chegam, a atmosfera engrossa com ansiedade e suspeita, e o público fica se perguntando por quanto tempo Brandon e Phillip conseguem manter sua fachada em meio à dúvida crescente.

O domínio do tempo pela corda: uma experiência em tempo real

A ilusão de uma tomada contínua

Ambos os filmes são elogiados pelo uso de tomadas longas, uma técnica que amplifica a experiência do espectador. Em Rear Window, o ritmo lento e as cenas prolongadas criam uma sensação palpável de ansiedade, imitando a experiência voyeurística do próprio protagonista. Por outro lado, Rope leva esse conceito um passo adiante ao criar efetivamente a ilusão de uma única tomada contínua. O diretor emprega transições inteligentes e fades para preto para conectar cenas perfeitamente, permitindo que o filme se desenrole sem interrupções.

Ao contrário dos períodos de tempo em Janela Indiscreta, que avançam quando Jeffries cochila, Corda se desenrola em tempo real, enfatizando sua tensão imediata e claustrofóbica. O artesanato envolvido na sustentação dessa narrativa em tempo real — desde a transição perfeita entre as cenas até a captura do drama crescente da festa — demonstra a proeza inovadora de Hitchcock na narrativa. Tanto Corda quanto Janela Indiscreta mostram a genialidade de Hitchcock, mas o comprometimento do primeiro com a narrativa em tempo real o marca como uma conquista distinta na história cinematográfica.

Fonte e Imagens

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