
A história dos videogames é frequentemente segmentada em várias eras, conhecidas como gerações de consoles. Embora essas distinções possam às vezes parecer arbitrárias, elas fornecem uma maneira estruturada de discutir a evolução da tecnologia e da cultura dos jogos.
Cada geração de consoles normalmente envolve pelo menos três grandes fabricantes e, frequentemente, vários modelos de uma única empresa. Isso levanta uma questão intrigante: qual dessas gerações se destaca como a melhor?
Para referência, adotarei a estrutura da Wikipédia referente às gerações de consoles domésticos. A sétima e a oitava gerações podem, às vezes, confundir essa estrutura, especialmente considerando a posição única da Nintendo.
As classificações serão baseadas na qualidade geral dos consoles, no volume de jogos icônicos lançados durante cada geração e em minhas tentativas de objetividade.
9 Primeira Geração (1972-1980)
A Fundação

Sem dúvida, a primeira geração de consoles domésticos é a menos impressionante, como comparar um maratonista centenário a Usain Bolt. Destacando-se nesta geração está o icônico Pong, juntamente com o Magnavox Odyssey, que contava com 28 jogos — muitos deles meros derivados de Pong. Enquanto isso, o Coleco Telstar oferecia mais uma variante de Pong.
Embora tenha havido tentativas de variedade, o Magnavox Odyssey emergiu como o destaque, apesar de suas sobreposições físicas rudimentares que funcionavam em telas de TV. A tecnologia primitiva era divertida principalmente por meros momentos, ficando muito atrás da experiência envolvente dos jogos de tabuleiro. A verdadeira inovação em jogos ainda estava longe.
8 Segunda Geração (1976-1992)
Anos estranhos

Infelizmente, a segunda geração não trouxe muitas melhorias. Inicialmente, ela lançou os consoles à popularidade, mas a proliferação de jogos abaixo da média acabou diluindo esse apelo. O Atari 2600 e o Intellivision podem ser lendários, mas seus jogos simplistas muitas vezes ficavam aquém das ofertas de fliperama.
Embora clássicos como Breakout e Pac-Man tenham surgido, este último foi severamente comprometido em comparação com sua versão arcade. Embora Adventure tenha sido um título marcante, continua desconcertante para os padrões atuais. Em última análise, essas bibliotecas são uma mistura de simplicidade e nostalgia, mas carecem da jogabilidade cativante encontrada em títulos modernos.
7 Quinta Geração (1993-2006)
Uma transição difícil para 3D

A quinta geração é frequentemente lembrada como uma fase evolutiva desajeitada, repleta de gráficos 3D rudimentares. Consoles como Sega Saturn, PlayStation e N64 produziram uma infinidade de jogos 3D iniciais, definindo tendências, mas frequentemente comprometendo a fidelidade visual.
Notavelmente, há títulos de destaque — como Symphony of the Night e o apelo duradouro de Mario 64 — que demonstram o potencial dessa era. No entanto, muitos jogos sofriam com gráficos simplistas e problemas de desempenho, resultando em uma obra que parece datada em comparação com os padrões contemporâneos.
6 Terceira Geração (1983-2003)
Bem-vindo para estadias prolongadas

A terceira geração foi de fato um ponto de virada, com o NES revitalizando a indústria de jogos e o Atari 7800 e o Sega Master System contribuindo para uma rica biblioteca. No entanto, a qualidade dos jogos variava drasticamente, tornando difícil encontrar títulos de destaque em meio a um mar de opções medianas.
Vários clássicos notáveis da Nintendo surgiram nesse período, e o Master System conquistou um nicho de mercado em regiões como o Brasil. No entanto, uma análise mais aprofundada revela que grande parte do acervo está repleta de experiências medíocres, manchando as conquistas significativas da época.
5 Nona Geração (2020-presente)
Eu odeio isso aqui

Sendo parte desta geração de consoles, é difícil não romantizar o passado. Com jogos agora custando cerca de oitenta dólares e consoles custando mais do que as compras de um mês inteiro, parece um momento sombrio para os jogos.
O aumento de microtransações e práticas exploratórias só piorou a experiência, com a Nintendo se afastando da inovação com o próximo Switch 2. Entre as poucas preciosidades está Astro Bot, um título de destaque que mostra o que torna um novo hardware interessante.
Esta geração está longe de acabar, mas muitos jogadores preferem títulos independentes aos lançamentos populares, já que continuamos a ver inúmeros remakes saturarem um mercado já saturado.
4 Quarta Geração (1987-2004)
A Era Clássica

A quarta geração marca um salto substancial na qualidade dos jogos. Parecia que cada título surgia totalmente realizado, exibindo os recursos gráficos e de jogabilidade que os jogadores desejavam.
Jogos icônicos como Super Metroid, Sonic 3 & Knuckles, Fatal Fury e Chrono Trigger são exemplos clássicos dessa era, que ainda ressoam entre os jogadores hoje. O Super Nintendo e o Sega Genesis são lembrados com carinho como os titãs desta geração, enquanto o Neo Geo conquistou fãs dedicados em mercados específicos.
Apesar das limitações tecnológicas, os desenvolvedores criaram clássicos inesquecíveis que continuam a influenciar a cultura dos jogos modernos — uma prova inegável da criatividade desta geração.
3 Oitava Geração (2012-Presente)
Quase aperfeiçoado

A tecnologia normalmente segue uma trajetória que atinge um pico, e os consoles da oitava geração — PS4, Xbox One e Nintendo Switch — se posicionaram logo antes desse ápice.É por isso que muitos dos lançamentos atuais ainda têm como alvo essas plataformas.
Esses consoles tinham preços acessíveis, eram fáceis de desenvolver e suficientemente poderosos para proporcionar aos jogadores experiências que ainda parecem novas. Títulos notáveis como Breath of the Wild, Forza Horizon 5 e Persona 5 redistribuíram e rejuvenesceram os padrões dos jogos.
Os títulos originais muitas vezes ofereciam experiências gratificantes, desde que não fossem prejudicados por microtransações ou ganância corporativa, resultando em uma variedade louvável de jogos memoráveis.
2 Sexta Geração (1998-2013)
Limitado, mas duradouro

A sexta geração apresentou uma mistura de extremos: o baixo desempenho do GameCube, uma formidável associação do Dreamcast com a inovação, a criação de novas experiências de jogo pelo Xbox e a popularidade incomparável do PS2. Cada console oferece algo único e memorável.
De joias escondidas exclusivas do GameCube a títulos icônicos do Dreamcast, como Sonic Adventure 2, é difícil não apreciar a diversidade desta geração. O Xbox conseguiu unir tecnologias de jogos antigas e novas, enquanto o PS2 é famoso por sua extensa biblioteca com clássicos como Kingdom Hearts 2 e Devil May Cry.
Esta geração combina tesouros excêntricos com grandes sucessos, atraindo uma gama diversificada de jogadores e consolidando seu lugar na história dos jogos.
1 Sétima Geração (2005-2017)
Calma antes da tempestade

A chegada do Xbox 360, PS3 e Wii representou o ápice da conquista tecnológica. Esta geração introduziu conteúdo para download, compras de jogos digitais e mecânicas de jogo inovadoras — sem o peso da monetização generalizada.
Títulos notáveis como Minecraft, Halo 3, Mario Galaxy e Grand Theft Auto V surgiram durante esse período, e 2011 é frequentemente considerado um dos melhores anos dos jogos devido ao grande volume de lançamentos excepcionais.
Com todos os principais consoles amados pela comunidade, a sétima geração capturou os jogos em seu momento mais impactante, exibindo experiências que estabeleceram padrões, ainda respeitadas e emuladas no cenário de jogos atual.
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