
No mundo dos RPGs, Geralt de Rívia se destaca como um dos protagonistas moralmente mais complexos, frequentemente enfrentando decisões desafiadoras. Apesar de sua inclinação a evitar escolher entre dois males — um sentimento que ele frequentemente expressa —, Geralt demonstra consistentemente gentileza e disposição para ajudar aqueles com quem se importa, mesmo a um custo pessoal. Essa dinâmica intrigante de personagem é particularmente evidente em The Witcher 3: Wild Hunt, onde os jogadores têm a liberdade de moldar as decisões de Geralt, às vezes levando-o a escolhas que contrastam fortemente com sua nobre personalidade.
À medida que a expectativa pelo próximo The Witcher 4 cresce, vamos revisitar algumas das decisões moralmente mais questionáveis que Geralt enfrenta em Wild Hunt. Abaixo, listamos as decisões classificadas da menos hedionda à mais flagrante, destacando os caminhos cruéis que um jogador pode tomar.
Aviso: O conteúdo a seguir contém spoilers de The Witcher 3.
8. Tomando o Ouro de Emhyr
Traindo a confiança de Ciri por uma grande recompensa

No início de The Witcher 3, Geralt recebe uma oferta de Emhyr var Emreis, pai biológico de Ciri, para localizá-la. Esse cenário revela a percepção de Emhyr sobre Geralt como um mero caçador de recompensas, indiferente aos laços familiares. Embora Ciri deseje se reunir com Emhyr, aceitar essa recompensa implica que Geralt valoriza o dinheiro acima do relacionamento, o que pode devastá-la emocionalmente e alterar o final do jogo. Nesse estágio, Geralt já possui ampla riqueza e equipamentos, tornando essa escolha indicativa de um personagem sem coração.
7. Tentando ter um romance com Yennefer e Triss ao mesmo tempo
Você realmente achou que poderia ter os dois?

Os caminhos românticos em The Witcher 3 podem ser altamente controversos, com os jogadores frequentemente divididos entre Yennefer e Triss. Um Geralt moralmente comprometido pode se ver tentando conciliar os dois relacionamentos simultaneamente. Embora finais cômicos possam surgir, isso acaba levando a sentimentos de traição e desdém por parte de ambas as mulheres. Essa escolha não só reflete negativamente na personalidade de Geralt, como também demonstra sua falta de maturidade emocional.
6. Forçando a saída do Godling
Recusando-se a comprometer-se

Em Novigrad, Geralt encontra Corinne Tilly, atormentada por pesadelos noturnos ligados a um deus inocente que reside em sua casa. Os jogadores podem escolher uma solução pacífica com o deus, mas optar por expulsá-lo para a natureza demonstra crueldade. Essa escolha pode não ser considerada hedionda em comparação com outras, mas ainda assim destaca o potencial sombrio de Geralt.
5. Matando o Botchling
Um atalho muito míope

Durante a jornada envolvendo o Barão Sangrento, os jogadores descobrem a existência de um Botchling — resultado do trágico aborto de sua esposa. Embora exista um ritual para transformar o Botchling em um espírito guardião, uma escolha implacável seria simplesmente matá-lo. Essa decisão, embora conveniente, é cruel, pois impede o Botchling de se juntar à sua família e auxilia na busca por Ciri.
4. Enforcando o Desertor
Deixando um homem inocente morrer

Em um encontro sem identificação, Geralt testemunha um desertor nilfgaardiano sendo injustamente condenado à morte por uma multidão no Beco do Carrasco. Permitir que essa execução ocorra viola os princípios de justiça e misericórdia que Geralt frequentemente defende. O ato serve como um lembrete claro das lutas morais do jogo.
3. Matando Roche
Escolhendo a política em vez da amizade

Na jornada intitulada Razão de Estado, uma ruptura se forma quando Roche revela sua lealdade traiçoeira a Nilfgaard. Quando um mal-entendido leva a um possível confronto, a escolha de se aliar a Roche — aliado próximo de Geralt — demonstra a priorização da intriga política em detrimento da lealdade pessoal. Somente um Geralt profundamente equivocado trairia um amigo confiável em troca de ganhos políticos.
2. Matando Keira
Direta ou indiretamente

Keira Metz busca curar a praga de Catriona e pretende vender sua pesquisa ao tirânico Rei Radovid na esperança de obter anistia. Os jogadores enfrentam uma escolha que pode levá-la à morte, seja por ação direta ou por meio de seu destino. Em ambos os cenários, a escolha de Geralt resulta na queda sombria de Keira, refletindo um aspecto profundamente perturbador de sua bússola moral.
1. Matança
Traindo sua filha adotiva

A traição final ocorre quando Geralt permite que Ciri pereça nas mãos da Caçada Selvagem. A incapacidade de apoiá-la emocionalmente ao longo da narrativa leva a esta conclusão de cortar o coração. Este desfecho personifica a escolha mais severa do jogo, concluindo que um jogador que guia Geralt por tal caminho tomou a decisão mais trágica e maligna possível.
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